Lei Maria da Penha: Eficácia no Combate à Violência Doméstica e Familiar

17/12/2024 13:24 Lucas Henrique Souza Modolon
Lei Maria da Penha: Eficácia no Combate à Violência Doméstica e Familiar

A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006 como Lei nº 11.340, é um marco no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Ela foi criada para proteger mulheres em situação de vulnerabilidade, estabelecendo medidas de prevenção, proteção e punição para agressores.

O contexto da criação da Lei Maria da Penha

A criação da Lei foi motivada por um caso emblemático de violência doméstica contra Maria da Penha Maia Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio cometidas por seu então marido. O caso ganhou notoriedade internacional após denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), destacando a ineficácia do sistema judicial brasileiro em protegê-la e gerando a obrigação do estado de implementar mudanças significativas.

Medidas protetivas de urgência

Uma das principais inovações da Lei Maria da Penha são as medidas protetivas de urgência, que podem ser concedidas rapidamente pela justiça para afastar o agressor da convivência com a vítima. Essas medidas podem incluir a proibição de contato com a vítima, a suspensão de posse de armas e o acompanhamento obrigatório por programas de reabilitação social.

Impacto social da Lei Maria da Penha

Desde sua implementação, a Lei Maria da Penha trouxe avanços significativos na luta contra a violência doméstica. Ela aumentou a visibilidade do problema, incentivando denúncias através da Polícia e pelo disque-denúncia 180. Além disso, promoveu a criação de delegacias especializadas e juizados de violência doméstica, ampliando o suporte às vítimas.

Desafios e críticas

Entretanto, apesar dos progressos, há desafios persistentes. Muitos alegam que a aplicação da lei ainda enfrenta dificuldades devido à falta de estrutura e capacitação dos órgãos responsáveis, além da necessidade de maior celeridade nos processos judiciais. Outro ponto de crítica é a subnotificação dos casos por medo de represálias ou descrença na efetividade das medidas legais disponíveis.

A importância do apoio jurídico

Para garantir a eficácia das proteções oferecidas pela Lei Maria da Penha, é crucial que as vítimas tenham acesso a orientação jurídica adequada. Procurar um advogado especializado pode ajudar a guiar o processo legal, assegurando que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteção e justiça.

Por fim, é essencial não apenas aplicar a lei, mas também fomentar uma cultura de respeito e igualdade, promovendo campanhas educativas e políticas públicas que visem a erradicação da violência de gênero no Brasil.

Para mais informações sobre os direitos das mulheres e medidas de proteção, consulte o portal do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.


Autor do Artigo:

Lucas Henrique Souza Modolon - OAB/MT: 29.413


1